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quinta-feira, 22 de novembro de 2012

José Castelo Branco é a primeira figura pública portuguesa a dar a cara pela campanha Tudo Vai Melhorar, de apoio aos jovens LGBT.







A campanha é a versão portuguesa da ação It Gets Better e está a ser levada a cabo em Portugal pela associação Casa - Centro Avançado de Sexualidades e Afectos, noticia o site 19.

A figura pública que participou em diversos reality-shows dá conta num vídeo da sua experiência enquanto jovem, como vítima de bullying. Em Portugal, já os eurodeputados Ana Gomes e Rui Tavares deram o seu apoio ao projeto.

O projeto It Gets Better foi criado nos EUA em 2010 pelo jornalista Dan Savage e o seu companheiro Terry Miller. O projeto foi criado como resposta ao suicídio de adolescentes que eram vítimas de bullying porque eram gays ou os seus pares suspeitavam que eram homossexuais. O movimento, que tem uma presença online, já obteve o apoio de diversas figuras públicas, como Barack Obama, Hillary Clinton, Ellen Degeneres que prestaram o seu testemunho em vídeo.


Fonte:  http://www.dinheirovivo.pt/Buzz/Artigo/CIECO069089.html

Bullying é o tema de "O Promotor Responde"




O bullying é o assunto do mais recente “O Promotor Responde”. As principais dúvidas sobre esse tema são esclarecidas pelo Promotor de Justiça Marcelo Wegner, da área da Infância e Juventude da Capital. Wegner explica como o ambiente escolar pode influenciar nessa prática, a diferença entre bullying e indisciplina, além de outras questões.

O Promotor esclarece que o bullying acontece quando há “condutas que são agressivas, intencionais, repetitivas contra outro aluno ou contra outro grupo de alunos causando extremo sofrimento”. A prática pode ser de forma direta, com agressões verbais ou físicas, ou de forma indireta, com fofocas, intrigas ou o isolamento da vítima.

Esse FAQ (sigla em inglês para perguntas mais frequentes) sobre bullying é formado por 18 perguntas. As questões foram elaboradas a partir das principais dúvidas da população percebidas pelas Promotorias de Justiça e Pelo Centro de Apoio Operacional da Infância e Juventude. “O Promotor Responde” é um programa disponível no canal do MPSC no YouTube sobre temas interessantes e assuntos do momento que envolvam a atuação do Ministério Público.







Quais as principais dificuldades para identificar o autor de bullying? 

 

Como é responsabilizado o autor do bullying?

 

As vítimas de bullying têm direito a indenização? 

 

 

Qual a diferença entre o bullying e o cyberbullying?

   

Qual a diferença do bullying praticado por meninos e do por meninas? 

 

O ambiente escolar influencia a prática de bullying?

 

 As escolas podem ser responsabilizadas pela prática de bullying? 

 

O que é feito para que não se confunda indisciplina com bullying?


O que é bullying?

 

Houve um aumento nas denúncias com a popularização do termo bullying? 

 

Existe alguma maneira de identificar quem pratica bullying?

 

 Quem responde pelo bullying praticado por adolescentes e crianças?

 

O que é bullying indireto?

 

 Quais são os tipos de bullying?

 

Qual é o perfil da vítima de bullying?

 

Como podemos identificar uma vítima de bullying?


A quem devemos recorrer em caso de suspeita de bullying?

 

 

Fonte:  http://www.portalveneza.com.br/nova_veneza/bullying-e-o-tema-de-o-promotor-responde/

 

 



Psicóloga com 20 anos de experiência em escolas lança livro sobre Bullying





Durante seu trabalho como Orientadora Educacional em grandes escolas, Valeria Rezende da Silva teve contato diário com dilemas vividos pelos estudantes. Nesse tempo, se aprofundou no tema bullying e, após uma temporada de estudos nos Estados Unidos e a criação de um site, lança seu primeiro livro no dia 22 de outubro. O objetivo é compartilhar com pais e educadores a visão prática de quem vivenciou de perto os dramas causados pelo problema.

                Ainda que o bullying, no Brasil, apenas recentemente esteja sob a luz dos holofotes, a psicóloga observou durante toda sua trajetória que esse é um tema antigo e recorrente. “Mesmo assim, quando a situação acontece com uma criança ou adolescente próximo, ainda pega de surpresa pais e educadores, que se sentem despreparados para enfrentar o bullying”, afirma Valeria.

A psicóloga, após anos atuando como Orientadora Educacional, decidiu aprofundar discussões sobre o tema –orientando mais pais, alunos e educadores –através de um canal na internet, www.bullyingnaoebrincadeira.com.br  Com o mesmo nome que dá título ao livro, o site “Bullying não é brincadeira” é uma referência clara à seriedade necessária para se lidar com o problema. Com mais de mil acessos diários, o site tornou-se uma referência para assuntos sobre bullying em diferentes cidades e Valeria passou a dar palestras em escolas e entrevistas para importantes canais de comunicação, contribuindo, por exemplo, para a reportagem de capa da Veja sobre o tema em 2011.

Foi a partir do site que surgiu a ideia do livro. “Passei a receber um volume inesperado de pedidos de orientação e relatos sobre situações vividas por jovens em todo o país. Decidi que um material mais aprofundado, mas com uma linguagem simples e direta, era necessário e por isso decidi escrever o livro”, afirma a psicóloga.

Recém-saído do forno, “Bullying não é brincadeira” terá seu lançamento oficial no próximo dia 22 em Campo Grande, na Lalai Gastronomia, e há previsão de um segundo lançamento no Rio de Janeiro. Além de estudos atuais sobre bullying em todo o mundo, o livro é enriquecido por diversos depoimentos reais e pela visão prática de quem passou anos dentro de escolas. Estará à venda no site www.bullyingnaoebrincadeira.com.br .

O diretor da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) e Diretor da Sucursal do Rio de Janeiro do Estadão, Marcelo Beraba, assina a orelha do livro. “Este livro é um safanão. Os depoimentos são emocionantes, de uma sinceridade e de uma coragem que nos obrigam a rememorar tudo o que vivemos no período escolar, na infância e na adolescência, e a repensar cenas e momentos que imaginávamos normais, mas que eram cenas e momentos de grandes sofrimentos para as crianças e jovens vítimas do escárnio público”, afirma Marcelo. “Não é um livro acadêmico, é uma conversa amorosa – dura, orientadora, mas amorosa –com pais e educadores”, completa o jornalista.


 
 “Bullying não é brincadeira” 2012, 172páginas
tel.: 67 3321-4611
Preço: R$ 29,90 



domingo, 11 de novembro de 2012

Trailer do documentário #Bullying comove!!


Bullying é sempre um assunto polêmico, né? Seja em matéria rasa no Fantástico ou em discussões nas faculdades de sociologia e psicologia, é um fenômeno que só tem sido explorado e discutido nos últimos 20 a 30 anos, apesar de ser uma prática muito mais antiga. O documentário Bullying, do cineasta premiado Lee Hirsch, dá uma perspectiva americana de um movimento anti-bullying internacional. Segue sinopse:

Bullying (Bully) é um documentário centrado nos personagens, ricamente fotografado. No coração do filme estão aqueles que mais têm a perder com o assunto, cujas histórias representam uma faceta diferente do fenômeno do bullying nos Estados Unidos. Filmado durante o ano escolar de 2009/2010, Bullying abre uma janela para as vidas doloridas e muitas vezes ameaçadas das crianças que sofrem bullying, revelando um problema que transcende fronteiras geográficas, raciais, étnicas e econômicas. O documentário registra as respostas de professores e administradores a comportamentos agressivos que desafiam clichês do tipo “crianças são assim mesmo” e capta um movimento crescente entre pais e jovens para mudar a forma como se lida com o bullying nas escolas, nas comunidades e na sociedade como um todo.

Apesar do filme ter sido lançado em 2011 para abordar os casos de morte ou suicídio relacionados a bullying nos States, chega aqui apenas agora em 07 de Dezembro. Antes tarde do que nunca 





Fonte: http://www.cinemista.com.br/trailer-bullying/


sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Obama responde carta de garota que sofre bullying por ter pais gays. Confira correspondências na íntegra



"(..) Nossas diferenças nos unem."

Sinceramente..  Depois desta demonstraçao de sensibilidade me parece tão pouco, simplesmente, falar que eu já gostava e muito deste Presidente!! Que lição de humildade!! Quanta competência pra ser um humano grandioso, meu Deus!!. Pois podem me chamar, também, de chorana.. Inevitável não me emocionar com a resposta de Obama.  Ok Presidente.. You're so fofo rs

Vamos ao post, né?!!
Abraços,
Ellen Bianconi

Muitos chamam Barack Obama de “lobo em pele de cordeiro”. Como editor-assistente de MUNDO do Diario de Pernambuco, sempre acompanho as idas e vindas do presidente norte-americano e tenho uma opinião bem contrária. Acho que, além de ser competente para governar a maior potência do mundo, Obama é humano e muito humilde. Republicanos o atacam afirmando que ele “detonou a economia” do país. Eu o admiro por respeitar e colocar os direitos das minorias à frente dos cifrões em suas prioridades no comando da Casa Branca.


O presidente reeleito virou assunto novamente nas redes sociais após o colunista do site do Huffington Post Jamie McGonnigal divulgar uma correspondência entre o democrata e uma garota de 10 anos. Sophia Bailey Klugh conta ao presidente que está sofrendo bullying por colegas na escola, por ser filha de um casal gay, e queria saber o que Obama faria em seu lugar. Na carta, ela disse que o presidente é seu herói e que ficou muito feliz por saber que ele concorda com o casamento de pessoas do mesmo sexo. No final da carta, ela desenha os pais, com lágrimas nos olhos.

Humildemente, o líder norte-americano respondeu às dúvidas da jovem admiradora. Podem me chamar de chorão, mas me emocionei com a resposta de Obama. Pode parecer besteira, mas eu sentiria que nossa luta contra o preconceito é mais forte se nossos chefes de estado também demonstrassem seu apoio em declarações como esta.

A troca de cartas foi realizada semanas antes das eleições.


Confira a tradução das duas cartas, na íntegra:



Carta de Sophia:

“Querido Barack Obama,

Aqui é Sophia Bailey Klugh, sua amiga que te convidou pra jantar. Se você não se lembra, tudo bem. Eu só queria te dizer que estou muito feliz por você concordar que dois homens podem se amar, porque eu tenho dois pais e eles se amam. Mas na escola as crianças acham que isso é nojento e esquisito, e isso realmente machuca meu coração e meus sentimentos. Então venho até você, porque você é meu herói. Se você fosse eu e tivesse dois pais que se amam, e garotos na escola falassem mal de você por causa disso, o que você faria?

Por favor, responda!

Só queria dizer que você realmente me inspira, e espero que você ganhe e continue sendo Presidente. Você faria deste mundo um lugar melhor.

Sua amiga Sophia.

P.S.: Diga oi pras suas filhas, Sasha e Maila, por mim!”



Carta de Obama:

“Querida Sophia,

Obrigado por me escrever uma carta tão reflexiva sobre a sua família. Lê-la me deixou orgulhoso de ser seu Presidente e mais esperançoso ainda sobre o futuro da nossa nação.

Na América, nenhuma família é igual. Nós celebramos essa diversidade. E reconhecemos que ter dois pais ou uma mãe não importa, o que importa é o amor que manifestamos um pelo outro. Você tem muita sorte em ter dois pais que te amam tanto. Eles têm sorte em ter um filha tão incrível como você.

Nossas diferenças nos unem. Você e eu somos abençoados por viver num país em que nascemos iguais, sem distinção pela nossa aparência externa, onde crescemos, ou quem nossos pais são. Uma regra boa é tratar os outros da mesma forma que desejamos ser tratados. Lembre seus amigos da escola desta regra se eles disserem algo que te machuque.

Mais uma vez, obrigado por abrir mão de seu tempo para me escrever. Sinto-me honrado por ter seu apoio, e inspirado pela sua compaixão. Desculpe por não poder ter ido jantar com você, mas eu certamente direi a Sasha e Malia que você disse oi.

Atenciosamente, Barack Obama.”


Fonte: http://blogs.diariodepernambuco.com.br/lgbtudo/2012/11/obama-responde-carta-de-garota-que-sofre-bullying-por-ter-pais-gays-confira-correspondencias-na-integra/


quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Curso de mediação de conflitos trata de 'bullying'


RIO - A vida de X, 13 anos, virou uma rotina de sofrimento desde o início do ano. O jovem, que saiu do Rio de Janeiro para a casa dos avós, no interior do estado, passou a sofrer bullying desde o primeiro dia de aula no novo colégio.

A história, que se repete a cada dia nas escolas brasileira, chamou a atenção da desembargadora Leila Mariano. No ano passado, ela organizou um curso de mediação de conflitos escolares para educadores fluminenses, na Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro (Emerj), que mereceu menção honrosa do Innovare.

- No primeiro momento, queríamos a diminuição da judicialização dos conflitos escolares. Hoje, na Justiça, há ações para discutir problemas entre alunos, professores e diretores que se sentiram atacados nas redes sociais. São conflitos sensíveis nem sempre resolvidos pela solução judicial - explica a desembargadora.
O projeto começou em julho de 2011, quando uma escola particular procurou a Emerj com a demanda. A primeira turma contou com especialistas ingleses e argentinos que discutiram os efeitos do bullying no ambiente escolar. Hoje, mais de 200 educadores já passaram pelos bancos da Emerj entre profissionais da rede privada e estadual.

Para a magistrada, com o advento das redes sociais, o que antes era brincadeira ou provocação entre colegas de escola se torna uma agressão séria. Ela defende que a escola deve reassumir o papel de protagonista na mediação de conflitos.

- O paradigma mudou a partir das redes sociais. A pressão é 24 horas por dia em cima das vítimas. Isso causa traumas profundos - explica.

Leila Mariano afirma que a menção fortalece a iniciativa:

- Que o prêmio traga luz a esse problema que deve ser encarado com a participação conjunta da família, da escola e dos órgãos públicos.


Fonte: http://br.noticias.yahoo.com/curso-media%C3%A7%C3%A3o-conflitos-trata-bullying-004300428.html



terça-feira, 6 de novembro de 2012

IMPORTANTE: Senado discute combate ao “bullying” nas escolas


Apesar de a prática odiosa do "bullying" afetar um enorme número de crianças e adolescentes na escola, o problema não é suficientemente discutido. Mas há projetos a respeito no Senado (Foto: Agência Senado)
 
 
A odiosa prática, nas escolas, do bullying — intimidação, humilhação e agressões recorrentes contra crianças e adolescentes, partindo em geral dos próprios colegas — está em discussão no Congresso, e isso é uma boa notícia. 

Nem todos os projetos caminham. Em alguns casos, seus relatores, depois de estudarem a matéria, não concordaram com o conteúdo e pretendem propor modificações. O importante, porém, é que, além de alguns projetos estarem sendo aprovados em comissão, o assunto, que afeta a um enorme número de crianças e adolescentes mas não é debatido como deveria, está movimentando o Congresso.


Da Agência Senado

Presente no cotidiano de diversas escolas do país, a prática do bullying – intimidações, humilhações e agressões recorrentes –, vem chamando a atenção dos senadores, que já apresentaram quatro projetos de lei com o objetivo de contribuir para a proteção de crianças e adolescentes.

A criminalização do bullying também é prevista no projeto de reforma do Código Penal (PLS 236/2012), que atualmente passa pela análise de uma comissão especial no Senado, no tipo criminal denominado “intimidação vexatória”.

O tema foi igualmente discutido em audiências públicas. Em novembro de 2011, em debate na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH), o promotor de Justiça do Mato Grosso do Sul Sérgio Harfouche disse que a autoridade de professores e diretores deve ser reforçada.

Harfouche sugeriu que a escola tenha o poder de determinar a adoção de medidas disciplinares e educacionais mais rígidas para estudantes que cometerem práticas caracterizadas como bullying.

Projetos de lei

Dos projetos de lei em tramitação, dois são de autoria do senador Paulo Paim (PT-RS). O PLS 178/09 altera os artigos 3º, 14 e 67 e acresce o artigo 67-A à Lei de Diretrizes e Bases da Educação, com o objetivo de fortalecer a cultura da paz nas escolas e nas comunidades adjacentes. Aprovado em carater terminativo na Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE) — ou seja, nos termos da Constituição, sem mais precisar pela votação de todos os senadores, no plenário –, o projeto já está na Câmara dos Deputados.

A proposta altera a legislação para incluir como princípio a ser considerado no ensino a superação de todas as formas de violência, internas e externas à escola, “na perspectiva da construção de uma cultura da paz”.
O projeto também estabelece a periodicidade mínima quinzenal para as reuniões dos conselhos escolares, em horários compatíveis para todos, incentivada a presença de representantes da comunidade local, especialmente das áreas da saúde, segurança, cultura, esportes e ação social.

De acordo com o texto, pelo menos um terço da carga horária semanal remunerada deve ser reservado a estudos, planejamento, avaliação e integração com a comunidade escolar e local. As escolas públicas de ensino fundamental e médio devem ter em seu quadro de pessoal profissionais habilitados na manutenção dos espaços educativos, que incluam o zelo pela segurança escolar e pelas relações pacíficas com a comunidade local.

Violência contra os professores 

O PLS 191/2009, por sua vez, estabelece procedimentos de socialização e de prestação jurisdicional e prevê medidas de proteção para os casos de violência contra os professores “oriunda da relação de educação” — ou seja, ocorrida nas escolas.


O projeto está Comissão de Direitos Humanos e Legislaçao Participativa (CDH) para exame do relator, senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES).

Ferraço pretende rejeitar ou modificar o projeto. Ele alega que a ênfase que o projeto deposita na aplicação de medidas punitivas e repressivas contra os alunos agressores – e de proteção policial e judicial aos professores agredidos – reforça a percepção de que professores e alunos são antagonistas, e não parceiros, na educação.

Uma abordagem mais construtiva, segundo o senador, poderia partir de intervenções de cunho pedagógico, psicológico e socializador que possam abordar diretamente as frustrações e a eventual rebeldia dos alunos; promover a conscientização de professores e alunos acerca da relação de parceria e das suas respectivas responsabilidades no processo educativo; promover uma cultura de paz e, com isso, prevenir a violência.
Nesse sentido, Ferraço considera importante contrastar responsabilidade e hierarquia, compreensão e sujeição, e prevenção da violência e sua repressão, sem prejuízo da aplicação de medidas socioeducativas, caso haja agressões.

Ambiente escolar seguro

Outro projeto, o PLS 228/2010, altera a Lei 9.394/96 para incluir entre as incumbências dos estabelecimentos de ensino a promoção de ambiente escolar seguro e a adoção de estratégias de prevenção e combate ao bullying. De autoria do senador Gim Argello (PTB-DF), o projeto foi aprovado em decisão terminativa na Comissão de Educação em junho de 2011, seguindo para exame da Câmara.

O projeto atribui aos estabelecimentos de ensino a incumbência de adotar estratégias de prevenção e combate a práticas de intimidação e agressão recorrentes na comunidade escolar.

De autoria do senador Antonio Carlos Valadares (PSB-SE), o PLS 196/2011 também modifica a LDB para dispor sobre o combate ao bullying nas escolas. A matéria aguarda inclusão na ordem do dia desde dezembro de 2011, mas o voto do relator da proposta, senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR), é pela prejudicialidade, já que seu conteúdo é muito semelhante ao do PLS 228/2010.

 
Fonte:  http://veja.abril.com.br/blog/ricardo-setti/politica-cia/importante-senado-discute-combate-ao-bullying-nas-escolas/


Melhor maneira de acabar com o bullying é eliminar a plateia


                         Página do livro Orelhas de Borboleta, de Luisa Aguilar, que trata do tema 
 Nos casos de bullying, a plateia é tão responsável quanto o agressor. Esse é o ponto fundamental para minar o comportamento dentro das escolas: acabar com os expectadores. "Afinal, gozação maldosa sem público não tem graça", observa o professor Marcos Gomes Guimarães, que tem 35 anos de experiência na área da Educação e ministra palestras sobre o tema. Marcos esteve em Sorocaba na sexta-feira passada, a convite do Colégio Liceu Pedro II para falar sobre "Bullying - Prevenção e Atitudes"; e reuniu educadores e pais, no auditório da Fundação Ubaldino do Amaral (FUA).

Conforme o palestrante, existem formas de trabalhar para que a plateia, ao invés de colaborar com o agressor, acabe censurando seu comportamento. Marcos conta que desenvolveu um projeto, intitulado "Turma do Bem", que é simples e pode ser aplicado em todas as escolas. "A Turma do Bem elimina os agressores, acaba tornando fora de moda tirar sarro do gordinho", afirma.

Funciona da seguinte forma: logo no início do bimestre, o professor escolhe dois estudantes da sala para fazer parte da "Turma do Bem". Serão os responsáveis por "cuidar" da escola, e podem ser passadas algumas responsabilidades nesse sentido. "Eles ganham camiseta e adesivo da "Turma do Bem", o que faz com que se sintam especiais", acrescenta Marcos. No bimestre seguinte, são escolhidos mais dois alunos por votação dos próprios colegas de classe. E no terceiro bimestre dois candidatos a bullying são os escolhidos.

"O professor deve escolher aqueles que considera que seriam alvos em potencial desse tipo de agressão", explica. O legal da "Turma do Bem é que eles também se reúnem para ver filme, tomar guaraná e comer pipoca. Os laços de amizade vão se fortalecendo e, claro, a "Turma do Bem" não faz maldades, portanto não pratica bullying. "Sei de escolas que há cinco anos não têm nenhum registro de bullying", diz Marcos, que vai até as instituições de ensino explicar sobre o projeto, pelo custo de uma palestra.

Ainda de acordo com o palestrante, a partir do momento que o agressor vai para a "Turma do Bem", ele defende todo mundo. "É preciso que pais e professores estejam unidos para ensinar tolerância, aceitação, solidariedade... Uma das formas de evitar o bullying é ensinar às crianças que o que eu não desejo para mim, não desejo para o outro. Isso desencoraja tanto a pessoa que praticaria o bullying quanto a que seria da plateia."

Marcos explica que o bullying é diferente de gozação. "A gozação nunca vai deixar de existir, mas quando há uma gozação até o alvo dela ri, descontrai junto, o problema é quando se torna constante e a pessoa não gosta", esclarece. Bullying (do inglês bully, valentão) é um termo utilizado para descrever atos de violência física ou psicológica, intencionais e repetidos, praticados por um indivíduo ou grupo de indivíduos causando dor e angústia, sendo executados dentro de uma relação desigual de poder.

"Geralmente o bullying é praticado dessa forma: 10 contra um", acrescenta Marcos, que cita um exemplo sobre a diferença entre gozação e bullying: "Um dia vem alguém e fala que a pessoa é cor de abóbora, todos riem inclusive ela, é uma coisa. Outra coisa é vir outro dia com uma música sobre a cor de abóbora, depois no outro dia desenhar uma abóbora na lousa e falar que essa abóbora é a fulana, colocar apelido, falar para a escola inteira que a pessoa está ficando gorda como uma abóbora, que a pessoa não serve para nada a não ser para fazer doce, e assim por diante. De repente, por causa disso, uma excelente aluna não quer mais ir para a escola e com isso perde-se um talento", diz.

Ainda com relação à plateia, outro acontecimento de grande importância é fazer com que essas pessoas tenham consciência de que quando observam uma ação ruim acontecendo com alguém, elas tem a obrigação de falar com um responsável. "Isso não é dedar, é alertar. Por causa disso, porque ninguém falou nada, um garoto ficou pendurado na parede durante horas em uma escola dos Estados Unidos."

Gente bonita também sofre

Ao contrário do que muitos podem pensar, não são só os feios que sofrem bullying. "Gente bonita também sofre", ressalta Marcos. "Todas as pessoas diferentes sofrem bullying e o agressor ou agressores fazem isso porque querem exterminar aquela pessoa, reduzir a nada", afirma. Uma das constatações dos casos de bullying é que o agressor agride para não ser agredido. "Muitas vezes ele não tem ideia do que está causando. Portanto cabe a nós, pais e educadores, ensinarmos que esse tipo de atitude não é bom para o ser humano. A verdade é que crianças agressoras existem porque as crianças aprendem o que vivenciam. A pessoa é aquilo que ela vê dentro de casa."

Marcos orienta que o correto é mostrar para as crianças que a diferença é bonita. "Tem que ter no mundo pessoas altas, baixas, gordas, magras, afinal se não fosse assim a gente não casava. O ser humano tem como natureza procurar algo diferente na vida, que ele não tenha. Além disso, todos têm algum defeito, não existe a perfeição. Ninguém é perfeito, graças a Deus", diz. Não só os pequenos, mas os jovens também praticam o bullying, observa Marcos. "Aliás no mundo corporativo também é assim, tem colegas de trabalho que querem fazer a pessoa ter vontade de sumir, forçar a pessoa a pedir demissão, e como esse agressor não tem força o suficiente, então arruma outros para ajudar. A verdade é que o mundo não quer que você tenha sucesso, o sucesso incomoda."

Outro caso citado pelo palestrante é com relação ao cyberbullying, praticado pelos meios eletrônicos, pode ser pela internet - através de emails ou das redes sociais -, ou mesmo o celular. "Nesses meios os jovens costumam praticar difamações, calúnias, ameaças, então nesse caso o que precisa ficar claro para eles é que esses meios são registros que documentam e que por isso eles podem ser processados. Aí a coisa fica mais séria".

Pais devem prestar atenção

Os pais devem prestar atenção em seus filhos, perceber se há mudanças em seu comportamento, se estiverem mais quietos e não quiserem mais ir para a escola. Um olhar mais cuidadoso e também afetuoso é importante para que a criança sinta que tem em quem confiar, que alguém a entende e que ela não está sozinha. "Muitas vezes a criança tem receio de falar, então cabe aos pais sondar, saber o que está acontecendo, a criança pode chegar da escola chorando, então têm de ficar atentos. Amizade e parceria entre pais e filhos são muito importantes."

Quando os pais constatam que seus filhos estão sendo vítimas de bullying, o ideal é conversarem na escola, com a professora e tentarem juntos uma solução que não exponha a criança e aumente ainda mais o problema. "Os pais da criança agressora devem ser avisados sobre o que está acontecendo e a última fase é chamar a criança que pratica o bullying, para que ela tenha noção do que está fazendo", orienta Marcos.

Marcos Gomes Guimarães é professor, advogado e orientador pedagógico. Realiza palestras desde 2001. Escolas interessadas em saber mais sobre o projeto "Turma do Bem" podem entrar em contato com ele pelo telefone (16) 9601-9584 ou pelo email palestrasmarcos.gg@gmail.com.

Tipos de bullying

VERBAL
- xingar
- insultar
- ofender
- colocar apelidos pejorativos

FÍSICO
- bater
- espancar
- empurrar
- atirar objetos
- furtar/destruir pertences
- amarrar
- prender

PSICOLÓGICO
- humilhar
- isolar
- desprezar
- ameaçar
- perseguir
- dominar
- excluir
- intimidar
- difamar

Filmes

- A Peste da Janice, de Rafael Figueiredo
- Forrest Gump, de Robert Zemeckis
- Kes, de Ken Loach
- Um Grande Garoto, de Chris Weitz e Paul Weitz
- De Repente 30, de Gary Winick
- Lucas, um Intruso no Formigueiro, de John A. Davis
- Ponte para Terabítia, de Gabor Csupo
- Meninas Malvadas, de Mark S. Waters
- Deixe Ela Entrar, de Tomas Alfredson
- Bang Bang, Você Morreu, de Guy Ferland
- Billy Elliot, de Stephen Daldry
- Bullying - Provocações Sem Limites, de Josetxo San Mateo

Livros sobre o assunto

- Bullying Escolar, de Cleo Fante
- Bullying, de Ana Beatriz Barbosa Silva
- Os Óculos do Dudu, de Silmara Rascalha Casadei
- Morango Sardento e o Valentão da Escola, de Julianne Moore
- Bullying na Escola - Meu Material Está Sumindo, de Cristina Klein
- O Mundinho sem Bullying, Ingrid Biesemeyer Bellinghausen
- Laís, a Fofinha, de Walcyr Carrasco
- Orelhas de Borboleta, de Luisa Aguilar
- As Crianças Aprendem o que Vivenciam, de Rachel Harris e Dorothy Law Nolte

Músicas que incentivam a superação


- Epitáfio, Titãs
- Volta por Cima (Noite Ilustrada), Beth Carvalho
- Mais Uma Vez, Renato Russo
- Assim Caminha a Humanidade, Lulu Santos
- Semente do Amanhã, Erasmo Carlos
- Tente Outra Vez, Raul Seixas
- Apesar dos Poucos Anos, Tim Maia


Fonte:  http://www.cruzeirodosul.inf.br/acessarmateria.jsf?id=430671


 

Ciberbullying: no trabalho, vítimas sofrem mais e são mais indefesas


Bullying virtual é um fenômeno considerado mais frequente entre adolescentes, mas também aparece no ambiente corporativo. Foto: Blue Square Thing/Flickr.com/Reprodução
Bullying virtual é um fenômeno considerado mais frequente entre adolescentes, mas também aparece no ambiente corporativo.  Foto: Blue Square Thing/Flickr.com/Reprodução

O bullying virtual - que inclui abusos por e-mail, texto ou postagens em redes sociais - no ambiente de trabalho tem um efeito mais forte sobre as vítimas do que o assédio convencional por colegas, indica estudo da Universidade de Sheffield, realizada por pesquisadores de psicologia ocupacional. A mesma pesquisa mostra que, além de serem mais afetados pelo assédio na internet, os empregados geralmente são menos socorridos, uma vez que as testemunhas de casos de ciberbullying tendem menos a agir em favor dos colegas.

Infográfico: Geek, hater, stalker, nerd, troll: conheça os tipos da web

"Em geral, aqueles que são vítimas de ciberbullying tendem a ter maior tensão mental e satisfação menor no trabalho", diz Iain Coyne, da Universidade de Nottingham, parceira na pesquisa.
Segundo o pesquisador, em um dos estudos realizados o efeito do ciberbullying se mostrou mais devastador do que o bullying convencional. Além disso, descobriu-se que o impacto de presenciar o bullying virtual foi diferente do visto no convencional.

"Na literatura convencional, as pessoas que testemunham situações de assédio também apresentam evidências de redução do bem-estar. No entanto, na nossa pesquisa, isso não aparece no caso do ambiente virtual. As testemunhas (do ciberbullying) são bem menos afetadas", declarou Coyne.

Para Coyne, uma das razões para tal reação pelas testemunhas pode estar no que ele chama de "natureza remota do ciberespaço", que levaria as pessoas a dar menos ênfase ao sofrimento da vítima. "Isso pode afetar a reação da testemunha ao bullying e potencialmente determinar se ele vai tomar alguma atitude, como reportar ou interferir", completa o pesquisador.

Dado: 80% já sofreram assédio na rede

No estudo, que será apresentado ainda este ano, os pesquisadores devem dar sugestões de como os empregadores podem lidar com o bullying virtual em suas equipes, especialmente do ponto da vista da prevenção.

O estudo incluiu três pesquisas separadas entre empregados de várias universidades do Reino Unido. As perguntas para os entrevistados tratavam sobre suas experiências com o ciberbullying no ambiente de trabalho. "Nós demos uma lista do que poderia ser classificado como bullying, como ser humilhado, ignorado ou alvo de fofoca, e perguntamos se eles enfrentam esse tipo de assédio online e com que frequência", explica o Dr Coyne.

Dos 320 entrevistados, cerca de oito em cada 10 experimentaram uma das ações de ciberbullying descritas pelo questionário pelo uma vez nos últimos seis meses. Os resultados também mostraram que entre 14% e 20% dos participantes experimentam esse tipo de assédio em base semanal - frequência similar à do bullying convencional.

Fenômeno encarado como novo por pesquisadores, o ciberbulling tem, até o momento, sido associado ao comportamento de jovens, com estudos e casos mais chamativos também focados em crianças e adolescentes, e no ambiente escolar.

Um dos casos recentes mais emblemáticos do bullying é o da adolescente Amanda Todd, 15 anos, que se matou por enforcamento depois que imagens nas quais ela aparece mostrando os seios começaram a circular pelo Facebook e em outros sites. Mesmo depois de ter mudado de cidade e de escola, o assédio não parou. Seu perfil no Facebook virou um memorial que atraiu 750 mil curtidas dias após sua morte. A mobilização para descobrir o culpado envolveu até o grupo hacker Anonymous.
Outros países também relatam casos de violência iniciada na internet. Em setembro, por exemplo, um juiz britânico chamou o Facebook de "combustível da violência" ao sentenciar um garoto que tinha agredido outro depois de uma discussão na rede social.

Fonte:  http://tecnologia.terra.com.br/noticias/0,,OI6271504-EI12884,00-Ciberbullying+no+trabalho+vitimas+sofrem+mais+e+sao+mais+indefesas.html

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Gravação do programa Quebra-Cabeça, do GNT sobre bullying.




Olá amigos, bom dia!!

E na última 5ª feira (01/11/2012 ) foi o dia da gravação do programa Quebra-Cabeça, do GNT .sobre o bullying.
Não tinha como não vir aqui contar as fofocas rs Ainda mais se eu levar em conta um fato muito curioso que me fez adotar a postura do 'agradecimento'.
Porque se tem uma coisa que nunca me passou pela cabeça é que um dia eu seria capaz de olhar com agradecimento e compreensão o fato da minha filha ter sofrido bullying!! Mas, hoje, durante a gravação e diante dos resultados apresentados, inclusive pela minha filha, sempre tão 'sensível' ao fazer relatos à esse respeito, não há, definitivamente, outra maneira de olhar para a 'nossa história'.

Então, se faz necessário pra mim, diante de tal descoberta, externar um MUITO OBRIGADA à toda equipe envolvida nesse projeto!! A sensibilidade adotada por todos eles ao lidar com esse tema foi, sem sombra de dúvida, o fator predominante que fez a minha filha se posicionar de forma tão corajosa e despojada!!

Ao sermos convidadas para participar, houve todo um 'trabalho' em prol da participação da minha filha, muiita conversa à respeito dos comentários que poderiam surgir após essa exposição e blábláblá.. Houve também, um momento tenso quando ela quase desistiu de tudo alegando não estar preparada pra dar esse passo!! Pesamos, muito, os prós e os contras, os ganhos e as perdas, enfim.. E, graças à Deus, prevaleceu a solidariedade e a resiliência e fomos agraciadas com um dos momentos mais gratificantes de toda a nossa experiência com o bullying.

Mas a vida é, mesmo, muito interessante e intrigante.. Bom, credito esse pensamento à postura que adotamos diante de certos problemas!! Passar 'pelo bullying' foi uma experiência que, com toda a certeza, se me fosse dada a opção de escolha, eu definitivamente não teria me colocado à disposição para conhecer, muito menos, vivenciar. Mas, acredito que nada, nada nos acontece por acaso!! E por vezes não entendemos e muito menos 'aceitamos' o que a vida nos oferece, ainda mais quando traz sofrimento e dor ao nosso bem mais precioso: nossos filhos!

Bom, mas uma coisa é fato!! Passar pelo bullying foi a mola mestra para que a nossa família se tornasse mais unida, mais atenta para a importância de dizer EU TE AMO para as pessoas que são, realmente, importantes para nós!! (A gente tem, mesmo, essa mania, às vezes.. Não externamos de maneira necessária pois acreditamos que as pessoas tem obrigação de saber disso!!) Nos trouxe, ainda, mais maturidade, mais força.. Exarcebou em minha filha o sentimento de justiça, aprimorou em nós a visão de que sem determinação não há superação!! Entre tantas outras coisas.. que, somente hoje, me chamaram atenção.

Confesso que na época eu questionava muito o fato de Deus ter permitido que aquelas coisas horríveis pudessem acontecer à minha filha e com tantas permissões. Sim, pois eu estive presente, atenta, cobrava soluções.. E as pessoas, simplesmente, ignoravam, negligenciavam, tratavam com pouco caso as minhas solicitações. Foram momentos duros, revoltantes.. Mas, que se transformaram em aprendizado!! E hoje isso ficou muito claro!!

Em 2011, diante da condenação do colégio Nossa Senhora da Piedade, também, em 2ª instância, a Assessoria de Imprensa da 13ª Câmara Cível do TJRJ enviou um ofício à todas as redes de televisão comunicando esta decisão INÉDITA. Foi o 1° colégio, no Rio de Janeiro, a ser condenado a pagar uma indenização à vítima de bullying, o que abre muitos outros precedentes, então viramos notícia.

E foi a partir daí que eu me dei conta de que era preciso fazer alguma coisa à respeito da nossa experiência, pois os jornalistas haviam descoberto os meus números de telefones e ansiavam por respostas.. Queriam falar com a minha filha, gravar entrevistas, tirar fotos.. Foi tudo muito de repente! Me lembro que era 1° de Abril e eu pensando que era alguma brincadeira e, então, aconteceu o 2°, o 3°.. e o no 8° telefonema eu falei: "Ai meu Deus, e agora?" rs Eu não estava preparada pra lidar com aquilo.. Uma exposição na mídia não fazia parte dos nossos planos e eu não conseguia localizar os nossos advogados pra saber que postura adotar. Eu pensava: "Acabou! A minha filha sofreu o bullying, processamos a escola e pronto.. Tá nas mãos de Deus e da Justiça!!" Eu não queria ter que falar com os outros sobre uma história tão 'nossa'. Foi então que eu decidi orar.. e foi a melhor decisão que eu poderia ter tido!! Porque não havia acabado nada, mesmo.. Estava apenas começando!! Ficou muito claro, pra mim, o que fazer com a dor.. Não havíamos movido o processo por dinheiro, e o fato de uma escola particular de origem Cristã ser condenada, resgata a nossa crença no judiciário.. Então, dividir o nosso aprendizado com o intuito de ajudar outras pessoas, outras famílias era o que nos restava através da divulgação da nossa história. Foi então que decidimos participar das entrevistas solicitadas, mas a minha filha não concordava em aparecer. Participamos de encontros, palestras, concedíamos entrevistas, mas a Julia Maria sempre se mantinha em 'off'. Ela até concedeu uma única entrevista para o programa da Cidinha, mas como a experiência lhe rendeu alguns comentários maldosos antes mesmo de ir ao ar, a jornalista ( infelizmente eu não recordo o nome dela ) concordou em não usá-la no programa. Depois ela fez umas fotos para a revista Veja e a participação dela se encerrou ali. Nem mesmo aqui no blog, que eu decidi montar para termos uma bandeira fincada na luta contra esse mal, ela participava. Recebo muitos email's, pedindo ajuda sobre como lidar, o que fazer, que atitudes tomar.. E ela participa na leitura e até sugere algumas respostas, mas nunca teve a iniciativa de postar alguma matéria. É como se ela precisasse se afastar de tudo o que a fizesse lembrar..

Até que hoje ela deu o 1° passo \o

A equipe de gravação do programa foi à escola dela para falar sobre o bullying, gravar entrevista com o coordenador André Menezes e fazer umas imagens dos alunos sobre as suas idéias e experiências à respeito do tema. E o que eu posso dizer é que foi uma das maiores e melhores experiências que a minha filha poderia ter participado. Foi tudo tão bem elaborado, tão 'medido', tão respeitado por esses profissionais que a minha filha não só resolveu falar sobre o bullying que ela havia sofrido para os colegas da sala dela, como virou referência de força e coragem para eles.

Ao abrirem espaço para a fala espontânea à respeito do bullying sofrido e/ou praticado entre os alunos, a minha filha presenciou um dos momentos mais marcantes de toda a sua experiência com o bullying.. Ouvir de colegas tão próximos uma realidade que ela considerava tão sua e de forma isolada, discriminada.. Foi um fator importante para o seu crescimento, pois essa troca de experiências com o tema deu à ela uma nova visão..

E ao fazê-la enxergar a possibilidade de reverter uma história triste em bons momentos, eles propiciaram à minha filha a oportunidade de escrever uma nova etapa em sua vida. E isso eu vou carregar no meu coração!!

E fizeram mais: Deram à ela, com muita sensibilidade, ferramentas para tornar isso real!! Eles quebraram um paradigma!!


DEIXO AQUI, REGISTRADO, UM MUITO OBRIGADA, DE VERDADE, À TODOS ELES:


Guilherme Fernández - Diretor

Chris Nicklas - Apresentadora

Pedro Farias - Câmera man

Beto Campos - Câmera man

Sabrina Lima - Pesquisadora de campo

Maria Ganem - Jornalista


Lia Rezende

Edna Soares



É isso.. Vamos nos falando.

Fiquem com Deus!!

Ellen Bianconi