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quinta-feira, 25 de outubro de 2012

A vitória contra o bullying nas escolas


Jornal do Brasil Erika de Souza Bueno

O bullying não é coisa da idade. É coisa de crianças, adolescentes e jovens muito malpreparados para a vida. São nossos alunos e, mesmo que tentemos negar, podem também ser um de nossos filhos. Estão na “flor da idade”, têm a força e a vitalidade próprias da juventude. Contudo, são pessoas que não sabem empregar tais características para o bem, envolvendo-se em atividades para “aproveitar melhor a vida”.

Mal sabem elas que existem formas mais eficazes de se viver, por mais que os meios de comunicação, inúmeras vezes, enalteçam o mal, o erro e a consequente violência. Agindo violentamente sem nenhuma resposta satisfatória, acreditam mesmo que podem assim viver sem maiores consequências. Afinal, aprenderam que a violência seria o meio mais rápido de conseguir o que querem. Só não aprenderam ainda que tudo o que vem fácil vai embora tão repentinamente como a nuvem da manhã que parece não encontrar mais espaço para ela. Os vilões dessa história já tiveram sua consciência vitimada por conceitos impróprios a uma vida em sociedade. Eles escolhem a vítima entre aqueles que deveriam estar sob nossa proteção, talvez porque, ao desafiar nossos filhos e alunos, estão, na realidade, desafiando também a nós. Não adianta negar, a verdade pode ser facilmente comprovada por qualquer pessoa que assim tiver algum interesse. Eles agem contra os princípios, contra a moral, contra qualquer intenção de se estabelecer a ordem. É ingenuidade pensar que o bullying é simplesmente um ataque pessoal a alguma pessoa, pois as razões para que ele aconteça vão muito além disso. O bullying é um ataque contra todas as pessoas que estabelecem princípios e que pensam a ordem de algum lugar de convivência comum. É por isso que qualquer tentativa isolada de vencê-lo em nossas escolas pode estar fadada ao fracasso e à frustração.

Ora, se a luta do praticante do bullying é contra o sistema e as leis e princípios de algum lugar (nossa casa, escola ou sociedade), o combate tem que contar com mais agentes dispostos a vencer por meio do bem. Sozinha, a família pode ver-se tão intimidada quanto a própria vítima do bullying. Unida à escola, que, por sua vez, precisa ser amparada por outras pessoas que querem a paz dentro de seus muros, a família ganha força, apoio e esperança de vencer esse terrível mal.

Muito além da união, encontramos a unidade. Esta é evidenciada por atitudes em consonância com pensamentos e objetivos que almejam, de igual modo, a paz. Somente essas características podem ser capazes de, enfim, vencer a luta contra o mal conhecido como bullying. Por mais dura que seja a batalha contra essa prática (não simplesmente contra o praticante), os benefícios da vitória são compensadores.

A vitória, certamente, permitirá que nossas crianças, adolescentes e jovens passem a valorizar o bem, entendendo-o, de fato, como o melhor caminho a ser seguido.

* Erika de Souza Bueno, coordenadora pedagógica do Planeta Educação e Editora do Portal Planeta Educação (www.planetaeducacao.com.br), é professora e consultora de Língua Portuguesa.
Fonte: http://www.jb.com.br/sociedade-aberta/noticias/2012/10/23/a-vitoria-contra-o-bullying-nas-escolas/

Pais atenciosos têm menos chances de criar um filho praticante de bullying



Segundo estudo norte-americano, filhos de pais envolvidos emocionalmente e presentes na vida acadêmica das crianças estão menos propensos a se tornar agressores.
 
 
Crianças com pais que fazem questão de conhecer seus amigos, apoiam os filhos academicamente e conversam com eles são menos propensas a praticar bullying, de acordo com um novo estudo.
O bullying é um problema significativo entre os jovens dos Estados Unidos. Dados de quase 45 mil adolescentes entre 10 e 17 anos, obtidos a partir de uma pesquisa realizada em 2007 nos EUA, revelaram que cerca de 15% desses jovens já sofreram bullying.
O estudo, publicado dia 18 de outubro no “American Journal of Public Health”, revelou também que crianças negras, latinas e pobres com problemas emocionais, de desenvolvimento ou de comportamento eram mais propensas a intimidar os colegas.

Veja também:  

Como lidar com um filho que pratica bullying?
Bullying não se resolve com violência
Entenda como o bullying pode mudar a vida do seu filho
 
As crianças com pais mais irritados ou com dificuldades de supervisionar os filhos também foram associadas a maiores chances de serem agressoras. Os filhos de mães com problemas de saúde mental também estavam ligados a maiores probabilidades de cometer bullying.
Comparadas com quem costumava agredir os colegas, as crianças que não praticavam bullying normalmente concluíam a lição de casa e tinham pais que se comunicavam com elas regularmente e conheciam seus amigos.
"O envolvimento ativo dos pais na vida dos filhos e a manutenção de um canal de comunicação com as crianças estão associados à menor chance de disseminação de bullying", afirmaram os autores do estudo.
"As avaliações de programas escolares que incluem os pais têm sugerido que o envolvimento dos responsáveis pode ser muito efetivo para intervenções contra o bullying, mas este envolvimento nem sempre é fácil de implementar", concluíram os pesquisadores.

Leia ainda:
Sete erros dos pais na hora de impor limites
Seis erros cometidos pelos pais na educação dos filhos
 
 
Fonte:  http://delas.ig.com.br/filhos/2012-10-21/pais-atenciosos-tem-menos-chances-de-criar-um-filho-praticante-de-bullying.html
 
 

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Estou a procura de uma criança que tenha sofrido bullying





Boa tarde, amigos..

Minha filha recebeu, através da jornalista Maria Ganem, um convite para participar do programa Quebra-cabeça do GNT para falar sobre o bullying sofrido por ela. A proposta é para que 02 crianças participem, então estamos em busca de mais uma para 'fechar' a gravação. O fato é que, se saíssemos em campo com esse intuito, encontraríamos diversas pessoas vivenciando tal sofrimento. Mas, a proposta é conseguir alguem ( numa faixa etária entre 12 e 16 anos, em média ) que já tenha passado pelo problema e mostrar como superaram ( ou não ), os caminhos percorridos em busca de soluções, atitudes tomadas etc.
Como eu encaro essa oportunidade como uma benção de Deus ( Fomos inseridas nesse contexto e não dá pra mudar o que vivenciamos.. Mas, se podemos ajudar de alguma maneira as pessoas que hoje lidam com o bullying, então toda e qualquer participação acerca desse tema sempre é muito valioso para nós!)  sugeri, então, pedir esse tipo de ajuda à vocês por aqui, pois é uma maneira de priorizar a oportunidade para os que acompanham o meu blog.  
De uma certa forma, não deixa de ser um muito obrigada meu para vocês que nos prestigiam acompanhando os nossos posts em busca de mais conhecimentos sobre esse mal.

>> Lembrando que a criança em questão, deve residir na cidade do Rio de Janeiro, ok?!! 
 
Muito obrigada pelo atenção.
Um forte abraço.
 
Ellen Bianconi


« Bom dia pessoal. Estou a procura de uma criança que tenha sofrido bullying e que esteja disposta a falar sobre o assunto num programa de TV, o Quebra-cabeça do GNT. A idéia é discutir o tema a partir da historia de 2 crianças (uma delas é a Julia Maria, filha da Ellen Bianconi) para jogarmos luz sobre o problema e ajudarmos os pais e filhos que estao vivendo essa questao agora. Por favor, se tiverem interesse me procurem por aqui ou por email mariaganem@gmail.com Obrigada! »
 
 
 
 
 
 

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Senado discute medidas de combate ao ‘bullying’ nas escolas .



Presente no cotidiano de diversas escolas do país, a prática do bullying, que se expressa por meio de intimidações e agressões recorrentes no ambiente estudantil, vem chamando a atenção dos senadores, que já apresentaram quatro projetos de lei com o objetivo de contribuir para a proteção de crianças e adolescentes.

A criminalização do bullying também é prevista no projeto de reforma do Código Penal (PLS 236/2012), que atualmente passa pela análise de uma comissão especial no Senado, no tipo denominado “intimidação vexatória”.

O tema também foi discutido em audiências públicas. Em novembro de 2011, em debate na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH), o promotor de Justiça do Mato Grosso do Sul Sérgio Harfouche disse que a autoridade de professores e diretores deve ser reforçada.

Harfouche sugeriu que a escola tenha o poder de determinar a adoção de medidas disciplinares e educacionais mais rígidas para estudantes que cometerem práticas caracterizadas como bullying.

Projetos de lei

Dos projetos de lei em tramitação, dois são de autoria do senador Paulo Paim (PT-RS). O PLS 178/09 altera os artigos 3º, 14 e 67 e acresce o artigo 67-A à Lei de Diretrizes e Bases da Educação, para fortalecer a cultura da paz nas escolas e nas comunidades adjacentes. Aprovado em carater terminativo na Comissão de Educaçao, Cultura e Esporte (CE), o projeto foi encaminhado à Câmara dos Deputados.

A proposta altera a legislação para incluir como princípio a ser considerado no ensino a superação de todas as formas de violência, internas e externas à escola, na perspectiva da construção de uma cultura da paz.
O projeto também estabelece a periodicidade mínima quinzenal para as reuniões dos conselhos escolares, em horários compatíveis para todos, incentivada a presença de representantes da comunidade local, especialmente das áreas da saúde, segurança, cultura, esportes e ação social.

De acordo com o texto, pelo menos um terço da carga horária semanal remunerada deve ser reservado a estudos, planejamento, avaliação e integração com a comunidade escolar e local. As escolas públicas de ensino fundamental e médio devem ter em seu quadro de pessoal profissionais habilitados na manutenção dos espaços educativos, que inclua o zelo pela segurança escolar e pelas relações pacíficas com a comunidade local.

Socialização

O PLS 191/2009, por sua vez, estabelece procedimentos de socialização e de prestação jurisdicional e prevê medidas protetivas para os casos de violência contra o professor oriunda da relação de educação. O projeto encontra-se na Comissão de Direitos Humanos e Legislaçao Participativa (CDH) para exame do relator, o senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES), cujo voto é pela rejeição da proposta.

Ferraço alega que a ênfase que o projeto deposita na aplicação de medidas punitivas e repressivas contra os alunos agressores – e de proteção policial e judicial aos professores agredidos – reforça a percepção de que professores e alunos são antagonistas, e não parceiros, na educação.

Uma abordagem mais construtiva, segundo o senador, poderia partir de intervenções de cunho pedagógico, psicológico e socializador que possam abordar diretamente as frustrações e a eventual rebeldia dos alunos; promover a conscientização de professores e alunos acerca da relação de parceria e das suas respectivas responsabilidades no processo educativo; promover uma cultura de paz e, com isso, prevenir a violência.
Nesse sentido, Ferraço considera importante contrastar responsabilidade e hierarquia, compreensão e sujeição, e prevenção da violência e sua repressão, sem prejuízo da aplicação de medidas socioeducativas, caso haja agressões.

Ambiente seguro

Outro projeto, o PLS 228/2010, altera a Lei 9.394/96 para incluir entre as incumbências dos estabelecimentos de ensino a promoção de ambiente escolar seguro e a adoção de estratégias de prevenção e combate ao bullying. De autoria do senador Gim Argello (PTB-DF), o projeto foi aprovado em decisão terminativa na CE em junho de 2011, seguindo para exame da Câmara.

O projeto atribui aos estabelecimentos de ensino a incumbência de adotar estratégias de prevenção e combate a práticas de intimidação e agressão recorrentes na comunidade escolar.

De autoria do senador Antonio Carlos Valadares (PSB-SE), o PLS 196/2011 também modifica a LDB para dispor sobre o combate ao bullying nas escolas. A matéria aguarda inclusão na ordem do dia desde dezembro de 2011, mas o voto do relator da proposta, o senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR), é pela prejudicialidade, já que seu conteúdo é muito semelhante ao do PLS 228/2010.

Fonte: Agência Senado
http://www12.senado.gov.br/noticias/materias/2012/10/02/senado-discute-medidas-de-combate-ao

terça-feira, 2 de outubro de 2012

A cada 4 minutos há uma cena com bullying social nos programas infantis







Um novo estudo da Universidade de Indiana (EUA) descobriu que o bullying ou agressão social é muito presente em programas voltados para crianças, ou bastante assistidos por crianças.

Nicole Martins, principal pesquisadora do estudo, em parceria com a professora de comunicação da Universidade de Illinois (EUA) Barbara Wilson, conduziu uma análise de conteúdo dos 50 programas mais populares entre as crianças de dezembro de 2006 a março de 2007 nos EUA, de acordo com o ranking da Nielsen Media Research. Ao todo, 150 programas de televisão foram vistos e analisados.

Elas descobriram que 92% dos programas voltados ou assistidos por crianças entre as idades de 2 e 11 anos apresentaram personagens envolvidos com agressão social. Em média, houve 14 casos diferentes de agressão social por hora, ou uma vez a cada quatro minutos.

A grande maioria dos incidentes socialmente agressivos (78%) foi verbal: palavras para machucar a autoestima ou status social de outro personagem no programa. Os tipos mais comuns de agressão social foram insultos (52%) e xingamentos (25%).
Outros tipos comuns de comportamento negativo apresentados foram provocação (10%) e sarcasmo (9%).

Apenas cerca de 20% de todos os incidentes socialmente agressivos foram não verbais em sua natureza e, normalmente, empregavam “cara de mau” (36%) ou riso irônico para diminuir a autoestima de outro personagem (31%). Rolar os olhos, apontar o dedo e simplesmente ignorar a outra pessoa também eram comportamentos comuns.

A maioria dos incidentes socialmente agressivos (86%) foram feitos na frente do alvo (como insultá-lo em sua cara), e raramente foram perpetrados pelas costas do alvo (como fofoca).
Agressão moral x física

As pesquisadoras analisaram uma variedade de programas realmente infantis, como “Hannah Montana” e “Bob Esponja”, e alguns voltados a um público mais velho, mas bastante assistidos por crianças, como “American Idol”.

Elas descobriram que as agressões sociais são mais propensas a serem promulgadas por um autor atraente (geralmente mulher), que normalmente não é recompensado nem punido por seu comportamento. As agressões também são geralmente apresentadas em um contexto humorístico.

As cientistas consideraram agressões sociais, por exemplo, as “guerras” de insultos entre os juízes de “American Idol” e uma cena de “Os Simpsons” em que o Sr. Burns diz a Homer Simpson que ele é um “desperdício de pele e gordura”.

Mesmo desenhos criados para crianças muito jovens, como o desenho Os Anjinhos, muitas vezes têm personagens como a Angélica, que existem apenas para atormentar os outros personagens.

Enquanto agressão física em programas de televisão para crianças tem sido amplamente documentada, este é um dos primeiros estudos a analisar a exposição das crianças a comportamentos ruins como fofocas, crueldade e manipulação de amizade.

Os resultados sugerem que as maneiras em que a agressão social é contextualizada fazem com que essas representações sejam particularmente problemáticas para os espectadores mais jovens.

Por exemplo, um enredo típico de programas como Hannah Montana, da Disney, envolve comportamento rude, sarcástico, ou mal educado, muitas vezes exibido pelo “melhor amigo”. Ao final do show, os que foram “malvados” geralmente obtêm sua punição, mas as crianças mais jovens podem não associá-la com as ações anteriores do personagem que foi cruel.

“Estes resultados devem ajudar os pais e educadores a reconhecerem que há comportamentos socialmente agressivos em programas para crianças”, disse Martins. “Os pais não devem assumir que seu filho pode ver um programa simplesmente porque ele não contém violência física”, explica.
Porque é prejudicial e o que fazer?

Segundo Martins, a agressão social ocorrer majoritariamente em comédias apresenta um desafio especial. “Quando você apresenta a agressão como forma de humor, aumenta as chances de imitação, porque as crianças são menos propensas a reconhecer que o que está sendo dito é prejudicial”, afirma.

Martins reconhece que os programas de TV não seriam muito interessantes se todo mundo se comportasse corretamente e tratasse um ao outro com respeito.

“Eu não estou dizendo que devemos nos livrar do conflito, ou mesmo que as crianças não deveriam assistir programas”, disse. “Eu desafio as pessoas dessa indústria a pensarem sobre como elas devem retratar estes comportamentos agressivos e, pelo menos, a mostrarem que a vítima fica magoada pelos comentários”.

Segundo ela, isso pode reduzir o risco das crianças imitarem o que veem na TV e realmente magoarem alguém. A pesquisa, no entanto, não prova que o comportamento das crianças é influenciado pela forma como as pessoas e personagens agem nos programas de TV.

Robert Faris, professor da Universidade da Califórnia em Davis (EUA) que estuda o bullying, elogiou o estudo, mas disse que é improvável que ele tenha alguma influência em mudar a programação da TV infantil.

Porém, ele acredita que se os telespectadores pudessem ver a maldade subjacente de algumas formas de humor, talvez não as achariam tão engraçadas. “Certamente é possível ser hilariante sem ser cruel. Eu até acho que o público está começando a se cansar de insultos e sarcasmo”, opina.[ScienceDaily, CBS, WebMD]
Fonte: http://hypescience.com/a-cada-4-minutos-ha-uma-cena-com-bullying-social-nos-programas-infantis/